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22 de agosto de 2025

Curta-metragem leva oficina de acolhimento e debate sobre violência de gênero à São Carlos

 


Com o objetivo de ampliar o alcance da discussão sobre assédio e acolhimento, o curta-metragem ‘Nó na Garganta’, dirigido por Heliz Petrechen, está sendo utilizado como ferramenta de mobilização social na cidade de São Carlos (SP). Além das exibições, a equipe do filme desenvolveu uma oficina de pintura e rodas de conversa como contrapartida social da Lei Paulo Gustavo municipal de São Carlos, em parceria com o TUSP São Carlos e com apoio do Centro Cultural da USP São Carlos. A oficina foi ministrada pela artista plástica Anny Lemos, educadora dedicada à pesquisas artísticas e projetos educativos, e envolveu a criação de pintura em tela, conduzida por exercícios poéticos de escrita e desenho, abordando vivências de mulheres, a partir das superações enfrentadas no desenvolvimento pessoal.

Realizado por uma equipe majoritariamente feminina formada por alunas da UFSCar e da USP, o curta aborda o impacto emocional do silenciamento enfrentado por mulheres em ambientes de trabalho. A narrativa é construída sem falas, utilizando a fusão entre live-action e animação 2D para representar visualmente os sentimentos de sufocamento, medo e paralisia. Um dos símbolos centrais do filme é um laço vermelho, que aparece como metáfora do “nó na garganta” da protagonista — expressão do que não se consegue dizer.

O projeto foi estruturado a partir da percepção de que o assédio e a violência de gênero não se encerram no momento da denúncia ou da conscientização inicial. É necessário criar espaços seguros e estruturados para que as vítimas possam compartilhar suas experiências e acessar redes de apoio. “O filme já é uma provocação ao debate, mas entendemos que só isso não basta. Por isso, criamos uma oficina que funciona como um espaço seguro de expressão, onde as participantes podem se manifestar por meio da arte ou da fala”, afirma Heliz.

A oficina artística foi organizada como um canal para que mulheres elaborassem, de forma coletiva, sentimentos relacionados ao trauma. A metodologia incluiu momentos de expressão artística seguidos de debates mediados por integrantes do projeto, sempre respeitando o tempo e a vontade de cada participante.

Essa iniciativa integra um conjunto de ações articuladas entre cultura, educação e transformação social, conectando o curta ao cotidiano das mulheres impactadas pela violência. “O que nós buscamos aqui é atender participantes de diferentes faixas etárias e contextos sociais e fortalecer o papel do audiovisual como ferramenta de mobilização, conscientização e construção de redes de acolhimento”, finaliza a diretora.

Para mais informações sobre fotos, materiais de divulgação, sinopses e ficha técnica da equipe, acesse aqui o EPK completo de Nó na Garganta.