30 de junho de 2025

Labubu, Reborn, Bobbie Goods e o culto ao "fofo": como símbolos afetivos viraram válvula de escape emocional

 


Com a popularização de personagens como Labubu, universos afetivos como os criados por marcas como Bobbie Goods e a crescente busca por bonecos como os bebês reborn, uma nova pergunta surge: o que está por trás dessa conexão emocional com objetos considerados “infantis” por muitos adultos? Para o terapeuta integrativo Paulo Dorta, a resposta pode estar na alma e nas frequências que esses itens ativam silenciosamente.

Criador do método Sintonia Quântica, Paulo defende que esses objetos funcionam como “chaves simbólicas de frequência”, verdadeiros espelhos vibracionais que ajudam o indivíduo a acessar, curar e reorganizar estados emocionais profundos.

“Vivemos em um tempo de hiperconexão tecnológica e, ao mesmo tempo, de profunda desconexão interior. É natural que o ser humano busque ancoragem emocional em símbolos que o remetam à segurança, à leveza ou ao acolhimento”, explica Paulo.

A ideia, segundo ele, é compreender essas escolhas não como fugas ou imaturidade, mas como tentativas legítimas de harmonização emocional e espiritual.

Bebê Reborn: a frequência do cuidado

Os bonecos hiper-realistas, que imitam bebês com detalhes impressionantes, têm se popularizado entre adultos, especialmente mulheres, como objeto de afeto. Nas redes sociais, perfis dedicados ao cuidado com esses bebês simulam rotinas reais, com direito a roupinhas, mamadeiras e carinho.

“Por trás desse gesto está muitas vezes a tentativa de resgatar a energia do amor não vivido, seja doado ou recebido, seja ele materno ou voltado para o autocuidado. Através do Sintonia Quântica, lemos isso como uma reconexão com o afeto não recebido”, afirma Paulo.

De acordo com dados do Google Trends, as buscas por "bebê reborn" no Brasil aumentaram 150% entre 2021 e 2024. Plataformas como o TikTok acumulam milhões de visualizações em vídeos relacionados ao tema.

Labubu: a reconciliação com a sombra

Outro fenômeno curioso é o sucesso de personagens como Labubu, uma criatura ambígua, ao mesmo tempo fofa e bizarra, que conquistou jovens e adultos.

“A imagem de Labubu ativa uma frequência muito importante: a da sombra. Ele representa tudo aquilo que negamos ou reprimimos, mas que precisa ser acolhido para que possamos nos integrar como seres completos”, explica o terapeuta.

Na linguagem terapêutica, o vínculo com essas figuras pode representar a abertura para trabalhos profundos de autoaceitação, libertação de culpas e julgamentos trazendo uma cura emocional.

Bobbie Goods: aconchego em tempos de caos

Já marcas como a norte-americana Bobbie Goods, que produz produtos de papelaria e outros materiais com estética nostálgica e acolhedora, estão se popularizando como fonte de alívio emocional. Canecas, pelúcias e papéis de carta despertam lembranças afetivas e um senso de conforto visual.

“Não se trata de infantilidade, mas de uma cura pela ternura. Em um mundo saturado de estímulos e cobranças, essa estética nos reconecta à leveza da alma”, diz Paulo.

Uma tendência entre famosos e milhões de brasileiros

A busca por bem-estar espiritual e energético já ultrapassou a esfera alternativa e alcançou o mainstream. Recentemente, a cantora Anitta viralizou nas redes sociais ao compartilhar rituais xamânicos, cristais e práticas de reconexão energética em seu dia a dia. Em março de 2025, ela chegou a declarar que deseja levar espiritualidade para os palcos e ser uma influência de cura para os fãs.

Outra figura pública que há anos fala abertamente sobre seu caminho espiritual é Xuxa Meneghel, que já revelou usar meditação, cristais e alinhamento de chakras em sua rotina.

Segundo o Google Trends, buscas por “cura energética”, “espiritualidade” e “cristais” dobraram no Brasil entre 2020 e 2024.

Sintonia Quântica

A proposta do Sintonia Quântica é compreender que a escolha desses objetos vai além do gosto ou da moda. Eles são, na prática, ferramentas simbólicas que podem atuar como âncoras vibracionais. A abordagem do método permite:

  • Criação de espaços terapêuticos acolhedores usando esses objetos como portais de frequência;

  • Leituras energéticas baseadas na escolha simbólica;

  • Ativações de estados como cuidado, reconciliação e leveza.

“Muitas vezes, aquilo que chamamos de brinquedo ou boneco é, na verdade, um veículo sutil da alma. E todo veículo pode ser orientado para a cura, a luz e a expansão”, conclui Paulo.

 


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